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INTERPRETAÇÃO DO EEG NO PACIENTE CRÍTICO

Atualizado: 6 de jul. de 2023





INDICAÇÕES PARA MONITORIZAÇÃO DO EEG EM UTI


  • Flutuação de consciência

Detecção de crises subclínicas

  • Alteração inexplicada de consciência

  • Lesão supratentorial aguda com alteração e consciência

  • Após estado de mal convulsivo (20% continuam tendo crises não-convulsivas após estado de mal).

Caracterização de episódios

  • Postura tônica e outros paroxismos

  • Nistagmo, desvio ocular, mastigação

  • Paroxismo autonômico, episódios de taquicardia

Prognóstico


Manejo de coma induzido

  • Especialmente coma induzido para tratar hipertensão intra-craniana ou status epilepticus

Detecção de isquemia

  • Vasoespasmo após HSA ou procedimentos vasculares

  • Pacientes com distúrbio hemodinâmico


PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DO EEG EM UTI

  • Os padrões de EEG em coma diferem dos padrões do sono

  • À medida que o coma se aprofunda muda o padrão do EEG, mas o modo como a progressão se estabelece é variável

  • A maior parte dos padrões é inespecífica

  • Alguns padrões tem valor prognóstico

  • Guidelines de 2012 da ACNS sugerem deixar de usar os termos “ictal”, “interictal” ou “epileptiforme” para padrões cuja relação com ocorrência de crises não é definitiva e também colocar em plano secundário a descrição “ondas trifásicas”, cuja associação com etiologia metabólica depende de correlação clínica

  • Em contexto de pesquisa, a ACNS recomenda reservar a descrição de “crise eletrográfica” apenas para atividade rítmica ≥ 4Hz com clara evolução ou espícula-onda ≥ 3Hz. A caracterização de outros padrões como “ictais” depende de correlação clínica e está fora do escopo do guideline 2012


ARTEFATOS FREQUENTES E ASPECTOS TÉCNICOS DO EEG NA UTI



  • Montagens simplificadas (ex: 4 eletrodos de cada lado: Fp1, F7, T4, T5) reduzem sensibilidade para detectar crise a cerca de 70% e para atividade periódica a 50%

  • Usar montagem completa 10-20 em dupla banana e montagem referencial a eletrodo médio

  • Referencial em Cz, livre de artefato muscular

  • Para diferenciação entre “artefatos” e ritmos “biológicos” é fundamental registro de vídeo e correlação clínica

  • Se houver ferida cirúrgica, deslocar o eletrodo da área ideal e colocar o contralateral em posição simétrica

  • Usar eletrodos descartáveis ou esterilizados




EXEMPLOS DE ARTEFATOS


Breach: atividade rápida de alta amplitude em região de craniotomia




Percussão torácica ou de leito: ritmicidade “súbita”, sem evolução. Diferenciar de SIRPIDs




Diálise com ultra-filtração




Ventilação mecânica (verificar líquido no tubo)



Nistagmo (confirmar pelo exame clínico)




Referências: 1: ACNS Practice Guidelines. Standardized Critical Care EEG Terminology. 2012 ACNS Site






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