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Potenciais evocados motores em MNIO

Atualizado: 8 de dez. de 2022

Escolha de parâmetros de estimulação


ATENÇÃO! A estimulação com trem de pulsos transcranianos pode provocar lesão de língua. Não se esqueça de posicionar proteção bucal dupla assim que o paciente for intubado e evite usar estimulação maior do que o necessário.



Captação em tronco e membros

Sugestão: iniciar com 7 pulsos de 80µs aplicados a 100V com intervalo de 4ms.




Captação em pares bulbares

Sugestão: iniciar com 3 a 6 pulsos de 80µs aplicados a 100V com intervalo de 2ms.




Captação em pares bulbares - Controle

Após um trem de pulsos com captação de resposta bulbar, aplique um pulso único na mesma intensidade para se assegurar que a resposta obtida não é resultado da condução periférica do pulso.


Facilitação

Se houver dificuldade em obter potenciais motores, experimente fazer facilitação com pulso em duplo trem e intervalo de 100ms.





Conceitos fundamentais sobre Potenciais evocados motores

  1. Anódica ou Catódica: Com estímulo transcraniano, em intensidades mais baixas, a resposta é maior na região de córtex sob o Anodo (pólo positivo)

  2. Montagem de estimulação: Embora se possa obter resposta tanto em MMII como MMSS e pares bulbares posicionando-se eletrodos apenas em C3 e C4, recomenda-se posicionar também eletrodos em Cz e 6cm adiante de Cz. A montagem adicional tanto pode operar como "reserva" caso hajam problemas em C3 ou C4, quanto permite maior seletividade para MMII, com menor abalo muscular. Com eletrodos posicionados em C3 e C4, o limiar para respostas tanto em MMII como MMSS é mais baixo, porém a resposta é maior em MMSS. Com anodo em Cz e catodo 6cm adiante, o limiar será mais alto tanto em MMII como MMSS, porém haverá, proporcionalmente, maior seletividade para MMII. (Szelényi 2007)

  3. Somação em motoneurônios alfa: Se a captação for feita em músculos, é necessário aplicar um trem de pulsos para, através de somação temporal, vencer o efeito da anestesia e conseguir induzir resposta no motoneurônio alfa.

  4. Intervalo entre pulsos do trem: O intervalo de 4ms é mais eficaz em induzir somação. Com intervalo de 2ms é necessário um número maior de pulsos para obter resposta. Em um exemplo de Deletis: com 3 pulsos a 4ms de intervalo já se obtia resposta em tibial anterior. Com 2ms, foram necessários 5 pulsos.

  5. Intensidade dos pulsos: no limiar de intensidade, os pulsos provocam potencial de ação despolarizando o axônio de neurônios piramidais. À medida em que se aumenta a intensidade, a despolarização ocorre mais distalmente no axônio e também se estimula a mesma cadeia vertical de neurônios pré-motores excitatórios envolvida na SICF (observada em estudos de pulso pareado). Observe a redução de latência dos PEM ao se aumentar a intensidade.

  6. Número de pulsos: com a influência tônica de vias supra-espinais abolidas pela anestesia, é necessário uma série de pulsos para fazer com que os motoneurônios alfa gerem um potencial de ação. São necessários ao menos 3 pulsos para que a somação gere potencial de ação em motoneurônios alfa. Ao se ultrapassar esse limiar, o motoneurônio pode disparar repetitivamente, levando a uma resposta polifásica.

  7. Dessincronização de ondas D: em alguns casos de tumor medular, pode não se obter ondas D e ainda assim haver PEM à captação em músculos. Isso ocorre por dispersão (sem bloqueio) dos potenciais de ação descendentes.

  8. Representação de trato córtico-espinal: Há 1 milhão de fibras no trato cortico-espinal humano. Só 2% destas são fibras rápidas, portanto as representadas nos potenciais motores.





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